o problema foi a perda de mim mesma. não sei precisar exatamente quando isso aconteceu e sempre lembro do "que é que não queria se encontrar". já não quero voltar ao mesmo lugar, mas também não quero ficar aqui tão estática e longe da caminhada, apesar da corrida constante contra o tempo. tenho tido poucos sonhos e muitos dilemas, quase todos inventados por mim mesma e me pergunto, enfim, o que não é só imaginação da nossa mente já tão consumida pelo exterior e deteriorada no interior.
ele me disse ontem que nós sempre tivemos esse problema com a rotina. com o constante. com o frequente. penso que ele é mais determinado e organizado que eu, enquanto sou uma bagunça constante que não sei nem por onde começar a organizar. são tantas coisas jogadas e colocadas debaixo do tapete que levaria anos para colocar tudo no lugar. e com certeza me perderia no meio do caos, como acontece sempre que tento um recomeço. essa inconstância me devora e a estabilidade não me acompanha. faço do tempo meu inimigo e os domingos de chuva, meu eterno tédio. o corpo todo pulsando por algo a mais. sempre o algo a mais. que não encontro.
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