sábado, 5 de maio de 2012

a sina

quase nao o encontro quando penso se havia o deletado, assim, num desses ímpetos e vontades de apagar todas estas coisas que tenho vontade de dizer. se meu olhar nao é atento, desistiria e nao voltaria mais aqui até. até o próximo desabafo. num desespero tao grande que nao se foca em mais nada até encontrar um lugar em que se possa vomitar tudo. sem que ninguém veja.

me chega como carta, com palavras que nao escolhi ler. as minhas, sem acentos e conjugacoes inaceitaveis nem deveriam se atrever a escrever algo sobre aquela página repleta de frases pesadas, como se carregassem toneladas no peito, nao, na alma. as toneladas que tentam se esconder atrás do branco. tudo acontecendo e enlouquecendo um pouco a cada linha. a página se torna vermelha e escura, absorvendo todo sangue escorrido das histórias que conta com tanta levianidade. comprimindo o cérebro, condicionando a mente, impedindo qualquer lógica que se desenvolva a respeito do que nao quer que seja descoberto. insinua o secreto, mas nao o conta. como se estivesse tranquilo, mas todos sabemos do temor - menos ele. já nao caio mais nesse jogo que nao sabes que tenta inabalavelmente vencer. sem nem saber para o que irá servir, no fim.

quero continuar na letra minuscula, sem diferenciacao do que vem antes ou depois. nao quero ser inserida neste universo caotico. e me tonteia em pensar que somente assim cheguei até aqui. através desse caos tao incompreensível para mim que tive que aprender a deixar de lado muito do que eu nao queria. mas esta é uma luta que eu nao vim para vencer. só que também nao posso fugir do campo de batalha. é minha sina. e dele, também.

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