terça-feira, 1 de janeiro de 2013

esse que vem é meu, cheio de sonhos, vontades, garra, gana e sucesso. mais por mim e pelo que eu acredito e que vibra em mim. por mais de mim no mundo, no meu porto. esse que vem traz mais curiosidade, novas histórias, risos e vidas se entrelaçando. tecendo toda a minha trama, tudo de mais sagrado, sabendo compartilhar para ter a felicidade plena. aquele estado eterno. mais equilibrio e tranquilidade. o coração mais sereno, a mente mais sã. os amores mais fortes e as batalhas sendo vencidas pelo poder do que é bom. pelo que vem do bem, da luz, da parte mais bonita de mim, de nós.

vem, que eu te aguardo. vem, que eu te espero. vem, que estamos prontos.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


tenho pensado em tantas frases e textos durante o dia. como se minha cabeça fosse uma produção literária constante, inspiradas por todos os livros que ganhei, comprei, roubei nos últimos tempos. sempre lembro do ovelhas negras onde caio la cucaracha roubava livros da virginia woolf nos estados unidos. pelo menos o roubo é por uma causa nobre e não deixa de ser poético colocar na bolsa livros maravilhosos para salvar a nossa rotina. mas então, os textos. que vão se formando sem pedir licença.

pensei de falar na casa em que cada canto possui aqueles detalhes que fazem a vida ser bonita. algumas plantas aqui, uma mangueira, o grilo. seu jardim no meio da cidade. as estrelas, os recantos, os aconchegos. as paredes riscadas pelas alegrias e ingenuidades das crianças. a vida é meio mágica mesmo e é ainda mais linda quando vem de alguém que faz de tudo para manter o ambiente renovado, limpo, feito pra se viver da melhor maneira cada espaço. se vê em cada parte o grande amor, força e vontade que carrega. 

faz a gente refletir na construção de cada parte de uma moradia, colocando algo de si, transformando o que se tem em um lar. eu sou muito do físico, do visível, do palpável. quero poder olhar para uma casa e ver todo cuidado que se pode dar para si espalhado por ela. um agrado para si mesmo. é como se arrumar para sair mesma, colando sua melhor roupa sem precisar de motivo nenhum. como fazer um chá, levantar os pés e ler um livro inesquecível, com toda calma do mundo. todo cuidado voltado para dentro.

pensei, também, em contar das risadas que são os sons favoritos de se ouvir no mundo. a risada simples e leve dela, que me acompanha desde sempre, que me traz em si e que eu levo em mim. o riso alto, sincero e cheio de vida que nenhuma barra, trauma ou dor pode apagar. toda força, aquela que falei ali em cima, traz. aquelas que só quem tem a satisfação em ser mãe carregam.

enfim, eu as frases que vem são sempre sobre coisas simples, fortes e grandes. sobre sentimentos profundos e vivências que tocam tão fundo que encostam na alma. e penso que, para o natal, o ano novo e toda essa época de renovação e recomeços, são o que não pode faltar. só intensidades. axé.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

um dia você vai me encontrar despretensiosamente num café qualquer em uma cidade inimaginável que eu e você estivéssemos. vou estar lendo um livro desses que carrego comigo como amuletos e não vou ver você chegar. você poderia seguir em frente sem dizer nenhuma palavra - nós dois sabemos bem que não há mais palavras a serem ditas -  mas não. você se dirigirá a mim e vai sentar na minha frente. porque algo te diz que é isso que deve fazer. eu, distraída, vou demorar a sentir tua presença. e, sem saber, vou ser feliz em não te perceber. vai me chamar pelo nosso nome e vou te olhar surpresa, dar um sorriso qualquer, perguntar sobre a vida. querer falar sobre tudo, sobre tanto, qual seria o melhor momento que não esse encontro que o destino inventou para gente? mas não vou dizer nada. porque, afinal, já não há mais nada a ser dito. seríamos novamente dois desconhecidos um na frente do outro. e já aprendi que o melhor é te deixar ir para além de mim. já não quero te (re)conhecer porque, me diz: tem coisa mais destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? já não insisto. porque, enfim, quem diria, nós dois fomos tão descartáveis.
se a escrita é o que determina o sentimento que vibra aqui dentro, escreves palavras más não vão me fazer melhor. de repente se eu falar de coisas boas e de mundos leves, de ideias brilhantes e sobre a paz, de repente, se eu usar as letras e frases para o bem, quem sabe tudo não fica mais leve?

celebrando

me encanta a suavidade com que me faz pulsar e amar sem limite algum. um tanto incompreensível, lacuna, mas aceito. na minha saudade encontro o meu amor.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

pro inferno

não, eu não vou para lá contigo. se nossos problemas não conseguem ser resolvidoa aqui, porque seriam em outro país? o nosso mundo & sentimentos não vão mudar. tu só quer fugir de tudo, inclusive de mim. porque lá tá o teu desenvolvimento. e o meu desenvolvimento vai estar atrelado constantemente a ti. tu sabe, peixes. apegado. o ascendente em gemeos não vai salvar agora e a lua em escorpião vai nos destruir.

vai ver que eu estou errada em ser mesmo assim, mas não sei, acho que é isso que eu acredito ser um casamento. duas pessoas preocupadas no crescimento e bem estar uma da outra. e não consigo mais fazer isso contigo. só consigo enxergar as tuas atitudes a favor de ti próprio, me usando como um pilar. como algo já conquistado, constante e monótono aqui. como alguém para dar boa noite antes de ir dormir, pra não se sentir tão só. mas não fui feita pra esse papel.

 isso pode parecer totalmente dramático para ti, mas, quer saber? não me importo. aceito o drama como parte de mim - e uma das mais sinceras. não, tu não precisa gostar. eu não gosto de tantas coisas que tu faz, não é? os atrasos, as irresponsabilidades, as mesmas histórias sempre, os ataques de eu-acho-que-vou-morrer-e-o-mundo-que-pare-para-assistir-a-minha-nóia, o "eu faço depois"que é igual a não fazer nunca. empurra pra mim. empurra pra mim a parte chata-operacional-que-tu-não-gosta. fica com o limpinho e me da o cesto de lixo pra eu juntar a merda. "isso é o que tu pensa". não sei, hein, sempre me senti tão diferente, porque agora - justamente agora, que estou contigo - comecei a me sentir assim?

sinceramente, acho que somos duas crianças brincando de casinha. tu, um menino que tenta ser homem; eu, uma menina que finge ser mulher. estragando tudo de mais bonito que podíamos ter e resumindo ao nada. a inércia de estarmos aqui, infelizes, tentando fugir de todos os problemas insolucionáveis que nos acompanham a cada acordar.

já me mandou pro inferno tantas vezes hoje. acho que é pra lá que eu vou mesmo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

sem amor. só a loucura.

já não tenho paciencia e os medos cessaram. só esse tédio infame que penetra o quarto que escolhi delicadamente as cores e, apesar de não viver mais aqui, não permito trocar. para ter onde voltar, apesar dos móveis já não pertencerem aos mesmos lugares e as janelas apenas permitem a vista a outras vidas tão medíocres quanto a minha. já não sei mais as regras impostas e não me importo porque nunca as segui. já não levo a culpa nas costas das tarefas ridículas que me oferecerem e que esperam que eu cumpra sem questionar. já não questiono, apenas não atuo e aguardo a decisão dos outros de me libertar de algo que finjo temer perder. já não sei o que dizer e já não quero ouvir mais nada da tua voz que me telefona para dizer todas as tuas falhas que eu já sabia que iriam acontecer. conheço de cor e prevejo todos os teus erros tão bem quanto os meus e já não quero guardar tudo isso em mim. já esgotou a minha vida que existia para ti, não há mais espaço para despreocupações e egoísmos, falhas e mentiras.  não consigo me encaixar dentro de mim mesma e o cansaço tomou conta. não há mais esforços para te encaixar junto. não tem nada além de escombros e destroços nas minhas entranhas, nem uma luz ou claridade, apenas o perigo se desenvolvendo dentro de mim, esperando para explodir em palavras ríspidas e sem amor, só a loucura.

o que é isso, menina? quando o mundo ficou tão pesado e a mente tão fraca? por onde foi que você andou e acordou aqui? calma, não chore, há de passar. a vida é assim mesmo, há tempos de alegria e de tristeza, de euforia e de fúrias. não, não te culpes. não há nada que possa fazer a não ser acalmar. as escolhas são muitas, eu sei, e o coração é grande, apesar do aperto. o sentimento transborda. logo tu, que tem falado demais e não dito nada, que tem se escondido atrás das lágrimas, que tem procurado as soluções dos problemas nos lugares errados. o amor não é tão simples assim e tu, pequena, tu carrega muito dentro de ti. toda a revolta e perdição de anos engolidos, enquanto escolhia vendar os olhos para todo caos que carregam consigo até hoje.